domingo, 5 de dezembro de 2010

Elvas 2010 - 10th CLUPAC Sugar Exchange Meeting

This will be my first post in English, aiming at reaching as many collectors worldwide as possible.
The 10th International Sugar Packets Collectors' meeting of the Portuguese club, CLUPAC, called Portsugar (a registered mark), took place last 25th and 26th September in the fortress town of Elvas, near the Spanish border. 201 collectors took part in the meeting. The majority were Portuguese collectors, but there were also around two dozens from Spain, Andorra, France, Italy and the United Kingdom. It is the largest sugar meeting in the world, but it is not the one which attracts more collectors from different nationalities, probably due to the location of Portugal in the west of Europe.
The exchange meeting was on Saturday afternoon. Besides the collectors themselves, there were lots of locals visiting the exchange room and CLUPAC's collection exhibit. Everybody seemed a little surprised at the meeting's size and the enthusiasm shown by everyone involved.
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During the meeting the collectors and their families could give blood to the Portuguese blood bank, which had brought all the necessary equipment and trained personel for the task. It was a success, as it had been the previous year in Castelo Branco. Collectors also brought their spare sugar to be offered to a society caring for disabled children. We collected more that 600 kg of the sweet substance, part of which will be transformed into jelly and marmalade to be sold by the society as a means of increasing their budget.
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The rules of the meeting say that collectors should put packets for offer on their tables and that anyone can take them (if they have packets that they only want to exchange, they should identify them - but this is not clear in the rules). Because of this, many collectors only brought uninteresting packets, exchanging the good ones "under the table" or outside the exchange room. There will probably be a change in the rules for the next years. It was an interesting and pleasant meeting, anyway.
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On Saturday evening the collectors met for dinner at a local restaurant, being served two courses (cod fish first and then pork meat). Drinks were free as usual. There was some live music and the traditional celebration of CLUPAC's anniversary with a big cake and Champagne. Everybody went to their hotels in good spirits.
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On Sunday morning there was the traditional "Peddy Paper" - a walking tour through the city with several stops to gather a number of packets which together make a series. You had to follow some instructions and use a map to find your way. It was a wonderful tour and the best way to know the town and its long history.
We ended up in our friend Paulo Araújo's home tasting a delicious Porto wine to celebrate our time together.
And that was it - until next year!

sábado, 26 de junho de 2010

EGZ Tauschtag, Gummersbach, Alemanha

Desde há dois anos que me ofereço a participação num encontro de coleccionismo no estrangeiro: mais uma oportunidade para passear um pouco e de conviver com os coleccionadores com quem troco habitualmente via correio postal. Como não poderei levar a minha colecção de pacotes de açúcar para o além (ou para o aquém dos 7 palmos - tanto vale), procuro desfrutar ao máximo deste mundo belíssimo em que temos o privilégio de viver. E nada melhor do que fazê-lo em viagens com açúcar.

Gummersbach, na Alemanha, a cerca de 60 quilómetros a leste de Colónia, foi o destino deste ano. E que excelente escolha! O encontro de trocas foi precedido, no dia anterior, de um passeio colectivo pela região, a Bergisches Land. Foi mais um momento para o convívio entre os participantes e um momento de cultura. Os pontos altos do passeio foram a paragem no Castelo de Gimborn e o Bergisches Kaffeetafel, no restaurante Haus Biesenbach, em Lindlar - um "almoço" tradicional da região. Na verdade, de almoço pouco tinha em natureza; foi mais um género de lanche farto, frio: alguns enchidos fatiados, queijo, muita manteiga, arroz doce, pão fatiado de diversas qualidades, compota de cereja quente e umas deliciosas Waffel acabadinhas de fazer; tudo acompanhado por café feito numas "cafeteiras" antigas, chamadas de Dröppelmina, pelo facto de não terem filtro e de, por isso, o café gotejar por entupimento da torneira. Enfim, uma daquelas experiências que valeu sobretudo pelo inusitado e pela diferença, mas em que tudo, em abono da verdade, estava delicioso.

O fim de tarde e a noite dessa sexta-feira foram passados no Biergarten do ECU hotel, o local onde se realizou o encontro. As loiras e morenas fresquinhas que ajudaram a animar o convívio, de nomes Zunft e Erdinger, em especial, foram o acompanhamento ideal para o tempo fantástico que se fazia sentir e para tornar as conversas em alemão e inglês mais fluídas. Considero-me um apreciador de boa cerveja; mas o que dizer dos meus amigos alemães, belgas e dinamarqueses, que, por certo, vieram ao mundo com uma resistência etílica prodigiosa? Foi cansativo tentar acompanhá-los, meus amigos! Uma estafa hercúlea, de que só podia sair humilhado!
Valeu-me o jantar no Homburger Hof, a um quilómetro do hotel. Não sou especial apreciador de pizza, confesso, mas a cerveja já ingerida sugestionou-me. Como apaixonado da cultura grega, não podia ter deixado de escolher a pizza denominada "Hellas", das muitas que constavam do menú (só depois soube que a família simpática que geria o restaurante era de origem helénica). Só posso dizer que foi a melhor pizza que já comi na minha vida. Divinal! A receita: base não fina nem queimada, pouco tomate, bastante queijo, fiambre, salame, espargos, alcachofra e azeitonas. Nunca se sabe se um dia não se perderão por estas terras e se lembrem desta postagem. Nunca se sabe! No dia seguinte, ao almoço, antes do encontro de trocas, fizemos por nos perder e voltámos lá!




Do encontro de trocas reza a seguinte história: muita adrenalina, mais de mil séries colocadas por mim à disposição dos 30 coleccionadores presentes, alguns pacotinhos recolhidos (menos do que o antecipado, apesar do habitual trevo de 4 folhas procurado e encontrado antes do convívio de trocas) e muito boa disposição. Nos encontros da EGZ, cada um leva o que quer das mesas dos restantes coleccionadores, sem contagem de exemplares. Está bem. Esteve-se muito bem. Um jornal local entrevistou-me, por ser uma espécie de mascote do grupo: era o mais jovem (!) de todos os coleccionadores e o que veio de mais longe para ali estar.
Esteve-se ainda melhor durante o churrasco de confraternização final. Comida até dizer chega e cerveja sem limite (apenas o da carteira, pois cada copinho de 20cl de Zunft trocava-se por 2 euritos). Faltou-nos estômago, infelizmente, pois até neste departamento levámos no pêlo de todas as nacionalidades presentes.
E acabou-se. Com a certeza de que as humilhações à mesa não foram tão graves que nos fizessem não ter vontade de voltar.

Obrigado, Renate, pelo acolhimento e simpatia. Obrigado, Lurdes, pela permuta de serviço.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Tomar, 850 anos

A celebração dos seus 850 anos foram mais um motivo para voltar à cidade de Tomar. O pretexto principal, como não podia deixar de ser, foi mais um encontro de coleccionismo, em organização d'Os Amigos do Coleccionismo de Tomar.
Estalagem de Sta. Iria e Parque do Mouchão
A intempérie que assolou o país no fim de semana passado não demoveu a vontade de mais de uma centena de coleccionadores de se encontrarem e conviverem em volta dos seus objectos de eleição, dos automóveis em miniatura aos pacotes de açúcar. E bem valeu a pena!
Este ano, o programa cultural foi intenso, a demonstrar que coleccionar não é apenas o produto da soma dos objectos coligidos: sem o calor das relações humanas, dos gestos enternecedores e dos aborrecimentos, nada valeria a pena. A visita guiada ao Castelo dos Templários e ao Convento de Cristo, com o apoio da Câmara Municipal, e os muitos cavalos ruidosos do comboio turístico colina acima, foram o ponto alto da ordem de trabalhos. Assim como o impressionante e desconhecido Aqueduto dos Pegões, monumento nacional desde 1910! E ainda a exposição temporária de automóveis em miniatura, montada com esmero e bom gosto pelos coleccionadores Mário Martins, João Neves e Mário Filipe nas instalações da Galeria Templários.
Melhor ainda, a estada de dois dias na Estalagem de Sta. Iria, no Parque do Mouchão - uma unidade hoteleira sem tiques de presunção mas com tudo o que necessitamos - e com a melhor localização possível, no centro da cidade. A estalagem está situada numa ilha, rodeada pelo rio Nabão, ao fundo de uma alameda de plátanos, agora despidos pelo inverno.
E assim vamos viajando, com muito açúcar - no bornel e na alma.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Spido, Roterdão

Em Agosto de 2007 recolhi o pacote de açúcar ilustrado em cima (em formato de tubo, ou stick) a bordo do barco Abel Tasman, da companhia holandesa Spido, ao fazer um cruzeiro pelos últimos quilómetros do Reno, no porto de Roterdão.

O passeio agradável por um dos portos mais movimentados do mundo teve como cereja no topo do bolo aquele exemplar de uma companhia de transporte, um dos meus temas de eleição no coleccionismo de pacotes de açúcar. Entretanto, graças a muitas trocas e baldrocas com coleccionadores europeus, consegui obter estes exemplares da mesma companhia, com dezenas de anos: dois envelopes e um invólucro de torrão. .

Haverá outros mais recentes, que, aos poucos, eventualmente, chegarão às minhas mãos. Tal como estes, far-me-ão reviver a elegância industrial e cosmopolita de Roterdão. Coleccionar é um pretexto para viajar, em carne e osso e memória. E que bem sabe!